Luciana, carinhosamente chamada de Dra. Lu, era conhecida pela competência e por um coração que equilibrava justiça e carinho. Durante três anos, compartilhou a rotina intensa do 78º Distrito Policial com Renato Sampaio, conhecido como Preto, e ali, entre relatórios e cafés apressados, nasceu uma amizade forte e verdadeira.
Quando Preto foi chamado para apoiar um amigo no 12º DP, mudou de delegacia, mas não se afastou. O vínculo com Dra. Lu era daqueles que resistem ao tempo.
Meses depois, Luciana recebeu o convite para trabalhar no 12º DP. E quem ela consultou primeiro? Preto, claro. Ele não só encorajou a mudança como revelou que havia indicado seu nome, garantindo que ela se daria muito bem, especialmente com o chefe dos investigadores, Renato Arruda, um homem respeitoso, inteligente e, segundo ele, "um verdadeiro cavalheiro".
No 12º DP, Luciana encontrou uma equipe acolhedora e um ambiente leve. Arruda era, de fato, como Preto descrevera: sereno, justo e respeitoso. Durante um ano, enfrentaram juntos a intensidade da vida policial, mas ainda em mundos distintos.
A transferência inesperada que afastou Luciana deixou um vazio. Não apenas pela despedida da rotina, mas pela distância daqueles que viraram família. Ainda assim, os reencontros persistiram: almoços improvisados, cafés carregados de saudade e risadas no happy hours de sexta no “Jô”.
Arruda, sempre discreto, raramente comparecia aos encontros. No entanto, em dezembro de 2022, surpreendeu a todos ao fazer uma aparição inesperada. Desde então, passou a ser presença constante. As conversas se aprofundaram, os silêncios ficaram mais confortáveis, os olhares demoraram mais… até que veio o convite para um jantar. Só os dois.
Aquele jantar mudou tudo.
Não foi um amor à primeira vista. Foi algo mais raro: um amor que cresceu da admiração, da lealdade silenciosa, da confiança que o tempo moldou. Um amor que chegou sem alarde, mas fincou raízes profundas.
De repente, não eram mais Dra. Lu e Chefe Arruda. Eram Lu e Re. Dois corações que se encontraram não por acaso, mas por destino. Tornaram-se aliados de alma, cúmplices de vida, dividindo sonhos, medos e as pequenas reconciliações diárias. A certeza do amor morava ali, no companheirismo silencioso e na força dos gestos simples.
No dia 30 de junho de 2024, véspera do aniversário da Lu, Re preparou a maior das surpresas: um churrasco em família para fazer o grande pedido. No meio de um discurso emocionante em que falava do amor sereno de Beatriz e Dante, o interfone tocou, e Paulinha chegou bem na hora! Um caos hilário e inesquecível, que só tornou tudo ainda mais perfeito.
Ali, Re falou sobre um amor que não precisa de promessas grandiosas, porque já existe nos olhares que se entendem, nos toques que acalmam e na certeza silenciosa de quem se escolhe todos os dias.
Desde aquele "sim", estamos planejando cada detalhe do nosso casamento com carinho e alegria. Nosso grande dia será a celebração de tudo o que construímos: um amor sólido, leve, verdadeiro, um amor "ítalo-mineiro" (para os bons entendedores), feito de abraços apertados, sotaques misturados e uma fé imensa no “para sempre”.
Agora, contamos os dias para dizer “sim” diante daqueles que mais amamos. Se você está entre nossos convidados, saiba: você faz parte dessa história. Porque os melhores capítulos da vida são sempre escritos com testemunhas do coração.